Novo estudo encontra associação entre baixa massa muscular e declínio cognitivo em adultos mais velhos.

 
 
 
 
Baixa massa muscular

Uma nova pesquisa realizada no Jama Network Open identificou a massa muscular como um fator modificável que poderia ser usado para diminuir o risco de desenvolver demências, antes que seja tarde demais.   “Com este estudo, mostramos pela primeira vez que a presença de baixa massa muscular está significativamente associada a um declínio cognitivo mais rápido e que essa associação é independente da força muscular e nível de atividade física, entre outros fatores”, diz a principal autora do estudo Stéphanie Chevalier, cientista do Programa de Distúrbios e Complicações Metabólicas do Instituto de Pesquisa da Centro de Saúde da Universidade McGill, em entrevista ao portal Futurity.

“Essas descobertas são importantes porque a massa muscular é um fator modificável, o que significa que podemos fazer algo a respeito. Exercício – particularmente exercícios de resistência – e boa nutrição com proteína suficiente podem ajudar a manter a massa muscular ao longo dos anos”, acrescenta Chevalier, que também é professora associada da Escola de Nutrição Humana da Universidade McGill. 

Além disso, de acordo com outra autora da pesquisa, Anne-Julie Tessier, estudante de doutorado com Stéphanie Chevalier na época desse estudo e agora é pós-doutoranda na Universidade de Harvard, foi descoberto que ter baixa muscular estava associado a maior declínio nas funções cognitivas executivas ao longo de três anos, em comparação com ter massa muscular normal, mas não com perda de memória ou função psicomotora.

Nesse sentido, as funções executivas vão ser importantes em nossas atividades e comportamentos do dia-a-dia, pois nos ajudam a manter a atenção, organizar pensamentos e a tomar decisões. Ademais, apesar de seu papel na força e no funcionamento físico, os músculos são o reservatório de proteínas que atendem a vários processos corporais importantes. Eles também produzem moléculas que podem “falar” com o cérebro. Sabe-se também que exercitar e construir massa muscular, ao trazer mais fluxo sanguíneo para o cérebro, pode favorecer o funcionamento executivo.

“Nossos resultados mostram que medir a baixa massa muscular pode ajudar a identificar pessoas com maior risco de declínio cognitivo. Devemos medir o músculo de forma mais ampla, em clínicas, não apenas em estudos de pesquisa”, diz Chevalier.

Fonte: Universidade McGill e portal Futurity. Estudo original aqui

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